Com tanta data comemorativa que existe por aí podiam criar esta também. Não é verdade?
Essa profissão tão difícil e sofrida sequer é reconhecida como tal. Arbitrar não é trabalho. Deve ser um hobby saudável na visão dos legisladores brasileiros, que poderiam providenciar a eles seus devidos direitos.
O fulano trabalha como qualquer outro cidadão num ofício comum e depois vai arriscar a cabeça nos estádios, sendo visualizado por milhões de telespectadores. Dentre estes que assistem aos jogos, estão é claro, marginais sem escrúpulos, que entre outras atividades freqüentam os estádios.
Se atuarem bem, podem ser promovidos e a arbitrar pela FIFA, e quem sabe até apitar uma copa do mundo.
Se forem mal são preteridos nos sorteios e amargam um gancho sem sequer poder discutir a situação.
Convivem com a fama de ''ladrão'', ofensa conquistada graças aos seus companheiros desonestos como o senhor Edilson Pereira de Carvalho, entre outros.
A situação dos árbitros é complicada no Brasil.
Não são assalariados. Recebem por jogo.
São responsáveis pelo seu próprio preparo fisico e psicológico. Não tem a assistência ideal para uma profissão difícil e por que não, perigosa.
Erram. E quem não erra?
Acertam também. Mas quem vê isso?
No fim das contas quem sofre é a mãe deles, ofendidas com os mais absurdos palavrões, graças aos erros ou até mesmo acertos dos filhos.
Por isso neste dia 11 de maio, presto minha homenagem a mãe dos juízes que sofrem tanto e são lembradas apenas na hora de xingar.
Não, elas não merecem uma data em sua homenagem, era brincadeira de minha parte. Existem coisas mais importantes para o poder legislativo fazer(pena que pouco o fazem).
Mas enquanto os árbitros não forem tratados como profissionais, as pobres mamães dos juízes hão de continuar lembradas desonradamente pelos torcedores.
Não que profissionaliza-los vá mudar a situação desfavorável das mães, mas pelos menos esperamos que dessa maneira os erros diminuam, nem que seja um pouco.
Por Tiago Araújo
4 comentários:
Olá Tiago,
Primeiramente quero parabeniza-los pelo blog, estive lendo ontem, porém não deixei nenhum comentário.
QUE RESPEITEM TODAS AS MÃES, NÃO SÓ AS DOS JUIZES, rss! O mais perfeito e verdadeiro AMOR!
Parabens pelo texto Tiago.
Lendo ele eu me lembrei da entrevista q o juíz q apitou o jogo flamengo x Santos deu a rede globo. Jogo no domigo dia das mães e com portões fechados:
"Tem seu lado bom o jogo ser com portões fechados. Vai ser um presente pra mim mãe n ficar sendo xingada por 90 minutos, pelo menos hoje..."
Pobre das mães desses profissionais .
É verdade ninguem ver o lado da arbitragem, mas todos sabem apontar seus erros e falhas e esquecem que eles não vivem daquilo o tempo todo: além de apitar ou bandeirar, há outro emprego na vida deles.
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