segunda-feira, 2 de junho de 2008

Um clássico digno de “derrotados”

Dirigido interinamente pelo técnico Márcio Fernandes, o Santos recebeu o São Paulo na Vila Belmiro.
Um jogo apático e sem brio foi acompanhado pelos torcedores que ainda acreditam numa retomada de ambas as equipes na temporada 2008. Claramente pôde ser observada a deficiência técnica dos clubes paulistas que juntos, erraram mais de 90 passes durante a partida. Um retrospecto desagradável fazia parte do clássico, a eliminação na Copa Libertadores da América. Após o episódio, o tricolor paulista manteve o treinador Muricy Ramalho, já o peixe não conta mais com o comando de Emerson Leão. Toda essa negatividade rondou a cabeça dos jogadores e da comissão técnica durante a semana, e o resultado dessa "loucura" foi visto em campo. Dois lances de gols foram os melhores momentos do jogo. No começo da primeira etapa, Joilson, chuta a queima-roupa e, Fabio Costa fez boa defesa com os pés. No segundo tempo, após cobrança de escanteio, Marcelo cabeceou firme, mas Ceni encaixou.
Como apreciador do futebol, cheguei e imaginar que a bola estivesse pegando fogo, pois ela não parava nos pés dos atletas. Passes de um metro foram erros constantes no decorrer do clássico.
Apesar de ter um elenco consideravelmente inferior, o alvinegro praiano foi superior ao clube do Morumbi, que por sua vez mostrou ter uma boa defesa, mas em compensação não possui um meio-campo criativo que se aproxime dos atacantes com qualidade. O esquema com três zagueiros foi mantido por Muricy, que fez alterações insignificantes à forma tática. Dagoberto substituiu Borges, e Éder Luiz entrou no lugar de Aloísio. Após a expulsão infantil de Richarlyson, Hugo saiu para a entrada de Fabio Santos. Ousadia e disposição fizeram falta a um clássico que sempre surpreendeu aos expectadores.
Mesmo com turbulências, o esperado era um jogo de superação para as equipes, porém a frustração ainda assola os corações tricolores e santistas, que continuam a clamar por vitórias.