domingo, 11 de maio de 2008

Feliz dia das mães dos juízes


Com tanta data comemorativa que existe por aí podiam criar esta também. Não é verdade?

Essa profissão tão difícil e sofrida sequer é reconhecida como tal. Arbitrar não é trabalho. Deve ser um hobby saudável na visão dos legisladores brasileiros, que poderiam providenciar a eles seus devidos direitos.


O fulano trabalha como qualquer outro cidadão num ofício comum e depois vai arriscar a cabeça nos estádios, sendo visualizado por milhões de telespectadores. Dentre estes que assistem aos jogos, estão é claro, marginais sem escrúpulos, que entre outras atividades freqüentam os estádios.


Se atuarem bem, podem ser promovidos e a arbitrar pela FIFA, e quem sabe até apitar uma copa do mundo.

Se forem mal são preteridos nos sorteios e amargam um gancho sem sequer poder discutir a situação.


Convivem com a fama de ''ladrão'', ofensa conquistada graças aos seus companheiros desonestos como o senhor Edilson Pereira de Carvalho, entre outros.


A situação dos árbitros é complicada no Brasil.

Não são assalariados. Recebem por jogo.

São responsáveis pelo seu próprio preparo fisico e psicológico. Não tem a assistência ideal para uma profissão difícil e por que não, perigosa.


Erram. E quem não erra?

Acertam também. Mas quem vê isso?


No fim das contas quem sofre é a mãe deles, ofendidas com os mais absurdos palavrões, graças aos erros ou até mesmo acertos dos filhos.


Por isso neste dia 11 de maio, presto minha homenagem a mãe dos juízes que sofrem tanto e são lembradas apenas na hora de xingar.

Não, elas não merecem uma data em sua homenagem, era brincadeira de minha parte. Existem coisas mais importantes para o poder legislativo fazer(pena que pouco o fazem).


Mas enquanto os árbitros não forem tratados como profissionais, as pobres mamães dos juízes hão de continuar lembradas desonradamente pelos torcedores.

Não que profissionaliza-los vá mudar a situação desfavorável das mães, mas pelos menos esperamos que dessa maneira os erros diminuam, nem que seja um pouco.




Por Tiago Araújo


Opiniões equivocadas sobre certos jogadores

O jargão “futebol é uma caixinha de surpresas”, com o passar do tempo, tornou-se redundante entre os amantes desse esporte. Muitos já sabem que, em se tratando de partidas de futebol, tudo pode acontecer. É cada vez mais comum situações nas quais o time com melhor elenco e melhores resultados, apontado como o grande favorito pela imprensa mesmo antes da partida, perde para o não-favorito, sendo eliminado, ou perdendo pontos na competição.

Entretanto, a famosa frase ‘futebol é uma caixinha de surpresas”, não se aplica apenas aos resultados das partidas, mas também, em relação a contratação de jogadores pelos clubes. Você, meu caro leitor, quantas vezes já presenciou um jogador badalado, “medalhão”, ser contratado como grande reforço de um clube, e acabar decepcionando ? Ou até mesmo o clube adquirir um jogador desconhecido, nada badalado, e contratado sob certa desconfiança da torcida, acabar arrebentando e se tornando um dos principais atletas do elenco ? Pois bem, essas situações acontecem, e talvez até por ironia do destino, com certa freqüência. Vou citar alguns exemplos.

Rivaldo, em 2004, foi contratado pelo Cruzeiro para a disputa da Libertadores, com todo o status que um jogador com passagens por Barcelona e Seleção Brasileira possuem. Jogou apenas onze partidas pela raposa, e marcou dois gols, decepcionando todos os cruzeienses com um futebol apático. Já o Flamengo também contratou jogadores badalados, que pouco fizeram pelo clube. No ano 2000, o rubro-negro carioca contratou jogadores como Gamarra e Alex, que tiveram passagens apagadas pelo clube.

O Corinthians, clube que sempre costuma contratar muitos jogadores a cada temporada, viveu muitas vezes essa situação inusitada. Em 2001, contratou o badalado Paulo Nunes, que atuou pelo arqui-rival (Palmeiras). Com direito à famosa sirene do Parque São Jorge, Paulo Nunes chegou declarando respeito à camisa corintiana. Após disputar um campeonato paulista de modo apático, e jogar poucas partidas no Brasileirão, Paulo Nunes foi embora, alegando sentir-se pressionado pela torcida alvinegra. Em 2002, Guilherme chegou ao Timão com status de estrela e matador nato. Mesmo sendo vice-campeão brasileiro pelo Corinthians, após perder a decisão contra o Santos, o jogador marcou pouco mais de dez gols, se envolveu em um acidente de carro, e saiu do clube sem deixar muitas saudades ao torcedor corintiano.

Nesse ano de 2008, a história se repete. Além de disputar a série B, situação inusitada para um clube da grandeza do Corinthians, os corintianos também se surpreendem com a mudança de importância de dois jogadores estrangeiros contratados para reforçar o atual elenco. O uruguaio Acosta chegou para ser a principal contratação do Corinthians para a temporada. Após um brilhante segundo turno pelo Náutico, Beto Acosta ficou com a camisa dez alvinegra, e todos os holofotes estavam sobre ele. Contudo, o uruguaio está decepcionando. Perdeu a camisa dez, está no banco de reservas, e até agora marcou apenas 3 gols pelo Timão. Já o argentino Herrera foi contratado pelo Timão apenas para compor elenco, e com o apelido que ganhou na Argentina de “quase-gol”, não gerou grandes expectativas em relação ao seu futebol, tanto por parte da imprensa brasileira, quanto por parte dos torcedores corintianos. Porém, como já sabemos, o futebol é definitivamente uma caixinha de surpresas. German Herrera está calando a boca dos críticos. Com um futebol de muita raça e determinação, ganhou a vaga de titular na equipe corintiana, marcou cinco gols nos últimos três jogos, e se tornou o artilheiro da equipe na temporada, junto com Dentinho.

Caro leitor, não se assuste mais ao contemplar opiniões equivocadas sobre alguns jogadores. Herrera está demonstrando que, bom mesmo não é ter status de “craque”, como o outro argentino Mascherano, que veio por 15 milhões de dólares e nada demonstrou, e sim mostrar que é dentro de campo que o jogador decide como quer construir sua imagem perante a imprensa e os torcedores.